A Polícia Federal concluiu com êxito na última quinta-feira, dia 23 de outubro, um complexo processo de extradição que culminou no retorno de uma cidadã brasileira ao território nacional. A mulher, que estava foragida em Portugal, foi entregue às autoridades brasileiras após ser localizada e presa pelas forças de segurança portuguesas. A ação foi possível devido à inclusão do nome da investigada na Difusão Vermelha da Interpol, sinalizando a gravidade das acusações pendentes contra ela na Justiça de Minas Gerais.

Os antecedentes criminais que motivaram o pedido de extradição são extremamente graves. Contra a extraditada pesava um mandado de prisão preventiva emitido pela Vara Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Timóteo, por envolvimento nos crimes de homicídio e coação no curso do processo. Relatórios de investigação da Polícia Civil mineira apontam que, entre os anos de 2008 e 2013, a suspeita teria administrado intencionalmente substâncias sedativas aos seus próprios filhos menores de idade, um esquema que teria resultado na morte de cinco de seus sete filhos biológicos.

Após fugir para Portugal em 2025, a investigada teria mantido a prática de intimidação contra familiares e testemunhas, em uma tentativa clara de obstruir o andamento das investigações. A Justiça de Timóteo decretou sua prisão preventiva, o que acionou a rede de cooperação internacional. Com o apoio do Núcleo de Cooperação Internacional da Polícia Federal em Minas Gerais, o endereço da foragida foi localizado na cidade de Coimbra, e as informações foram prontamente repassadas às autoridades de Portugal, que efetuaram a captura. A extraditada desembarcou em Confins escoltada por agentes federais e, após os procedimentos legais, será encaminhada ao sistema prisional de Belo Horizonte para aguardar os desdobramentos de seu processo.