Um sacerdote atuante na cidade de Toledo, em Minas Gerais, teve suas atividades eclesiásticas suspensas temporariamente após uma investigação ser formalmente aberta pela polícia civil. A medida foi tomada após a apresentação de uma denúncia por um pintor, que alega ter sido vítima de importunação sexual por parte do religioso em meados de 2020. O incidente, segundo o relato da vítima, teria ocorrido enquanto o profissional realizava serviços de pintura no salão da Paróquia São José de Toledo, momento em que o padre teria se aproximado e tocado suas partes íntimas.
A vítima declarou à polícia ter ficado em estado de choque e não ter conseguido reagir ao ato, deixando o local imediatamente e interrompendo qualquer prestação de serviço futura para a paróquia. O boletim de ocorrência aponta ainda que o sacerdote teria feito convites anteriores para o pintor consumir bebidas alcoólicas, os quais nunca foram aceitos. A demora na formalização da queixa foi justificada pela vítima pelo fato de ter tomado a decisão de denunciar somente após tomar conhecimento de conversas na comunidade que mencionavam o nome do pároco em conexão com outras possíveis ocorrências.
Em resposta à denúncia e à abertura do inquérito policial, a Arquidiocese de Pouso Alegre emitiu um comunicado oficial. A instituição confirmou o afastamento preventivo do padre de todas as suas funções por prazo indeterminado, além de designar um novo administrador para a Paróquia São José. A Arquidiocese também informou que um processo interno de apuração dos fatos foi imediatamente instaurado. As autoridades policiais, no momento, concentram seus esforços investigativos no caso específico apresentado pelo pintor, enquanto a comunidade aguarda os desdobramentos das averiguações.
