A Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou na madrugada desta sexta-feira (24) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que exclui a necessidade de referendo popular para a privatização da Copasa. A votação ocorreu em uma sessão marcada por fortes críticas da oposição ao governo de Romeu Zema (Novo). O texto foi aprovado com 52 votos a favor e 18 contrários, superando a maioria qualificada exigida de 48 deputados estaduais para a aprovação da matéria.
A sessão, iniciada por volta das 18h, se estendeu pela madrugada, e a oposição acusou o governo Zema de tentar aprovar o assunto "na calada da noite", sugerindo um movimento para evitar maior escrutínio público sobre a decisão. A aprovação desta PEC é vista como um passo fundamental para o plano do Executivo estadual de dar andamento ao processo de desestatização da companhia de saneamento.
A medida faz parte de um esforço maior do Governo de Minas Gerais para aderir ao projeto de refinanciamento da dívida do estado com a União, que soma R$ 170 bilhões. O plano prevê o abatimento de 20% do estoque da dívida como contrapartida para conseguir reduzir os juros cobrados sobre as parcelas, que seriam estendidas para os próximos 30 anos, aliviando o caixa estadual.
