Enquanto a população de Santana do Paraíso enfrenta os recorrentes problemas de infraestrutura causados pelo regime de chuvas, evidenciando a fragilidade de vias cruciais como a Rua Primeiro de Maio e a Avenida Getúlio Vargas, o município assume a dianteira para solucionar o caos. O prefeito Bruno Morato revelou publicamente, por meio de suas redes sociais, que esforços foram feitos junto às esferas federal e estadual para a obtenção de recursos destinados à recuperação emergencial, mas os pleitos não obtiveram resposta positiva, deixando a cidade sem amparo em momentos críticos. Diante dessa omissão governamental, a solução para os danos causados pelo temporal de janeiro, que destruiu parte da ponte da Rua Primeiro de Maio, e a necessidade de melhorias na drenagem e pavimentação da Getúlio Vargas, recairão integralmente sobre os ombros do tesouro municipal.

A determinação da prefeitura de Santana do Paraíso é clara: a segurança e a mobilidade dos cidadãos não podem esperar por auxílio externo que não se concretizou. A Ordem de Serviço assinada pelo prefeito, autorizando as obras, implica que os recursos próprios do município, provenientes dos impostos pagos pelo contribuinte paraisense, serão agora direcionados para a drenagem, pavimentação e contenção nessas áreas nevrálgicas. Isso inclui a reconstrução da estrutura danificada na Rua Primeiro de Maio, no Centro, bem como as intervenções na Avenida Getúlio Vargas e na Rua João Roberto de Deus (Beco do Boiadeiro).

Essa iniciativa, embora necessária para mitigar riscos de alagamentos e melhorar o fluxo, sublinha a dependência que as cidades menores enfrentam quando as estruturas de apoio dos governos superiores falham em responder às emergências locais. O executivo municipal se vê obrigado a realocar verbas e priorizar consertos estruturais com caixa local, demonstrando a urgência de agir, mas também a dificuldade orçamentária enfrentada por gestores que precisam suprir lacunas deixadas pela ausência de apoio nos níveis mais altos da administração pública.