Um brutal ataque a tiros durante uma celebração do Hanukkah na praia de Bondi, em Sydney, Austrália, resultou em 16 mortes e cerca de 40 feridos, incluindo crianças, um rabino e um sobrevivente do Holocausto. A tragédia ocorreu na noite de domingo, 13 de dezembro, enquanto aproximadamente mil pessoas se reuniam para a festividade judaica. O incidente foi oficialmente classificado como um ato de terrorismo, mobilizando agências de inteligência e forças de segurança em uma ampla investigação.
As autoridades policiais de Nova Gales do Sul (NSW) identificaram os responsáveis pelo massacre como Sajid Akram, de 50 anos, e seu filho, Naveed Akram, de 24. Sajid foi morto a tiros pela polícia no local do ataque, enquanto Naveed foi detido e está em estado crítico sob custódia policial em um hospital. O comissário da polícia de NSW, Mal Lanyon, informou que o pai possuía licença para porte de armas e que todas as seis armas apreendidas, tanto na cena do crime quanto em buscas na residência da família, estavam legalmente registradas em seu nome. Investigações balísticas e forenses estão em andamento para confirmar o uso de cada armamento no atentado.
O ataque tem sido o mais letal na Austrália desde 1996 e levou o governo a considerar um financiamento adicional para a segurança da comunidade judaica, seguindo recomendação da enviada especial para o combate ao antissemitismo. A agência de inteligência australiana, ASIO, confirmou que um dos atiradores estava sob monitoramento, embora não fosse considerado uma ameaça iminente. O diretor-geral, Mike Burgess, prometeu revisar protocolos e investigar o que falhou, enquanto o FBI também está auxiliando as autoridades australianas na apuração dos fatos. Os atiradores passaram o fim de semana em um imóvel alugado em Campsie, além de possuírem uma casa em Bonnyrigg Heights, onde a polícia também realizou buscas. Entre as vítimas fatais, a faixa etária varia de 10 a 87 anos, incluindo uma criança, um rabino local, um cidadão israelense e um francês.
