Faltando apenas um dia para o início do ano eleitoral, o governador Romeu Zema enfrenta dificuldades para consolidar sua imagem como presidenciável em seu próprio estado. Dados de uma pesquisa recente indicam que, se as eleições fossem hoje, o atual gestor mineiro seria derrotado pelo presidente Lula em todas as regiões do estado. Atualmente, Zema ocupa o posto de único governador do país formalmente posicionado como presidenciável, mas o levantamento aponta que ele perde para o atual presidente dentro do seu próprio reduto eleitoral.

A diferença chega a ser de vinte e quatro pontos percentuais no levantamento geral em solo mineiro, onde o atual presidente lidera com trinta e nove por cento contra quinze por cento do governador. O desempenho de Zema é considerado crítico em locais como o Vale do Jequitinhonha e o Vale do Mucuri, onde atinge apenas um por cento das intenções de voto. Mesmo no Sul de Minas e no Triângulo Mineiro, regiões historicamente mais próximas ao seu perfil político, o governador aparece atrás, dificultando a estratégia de nacionalização de seu nome após sete anos de gestão estadual.

Enquanto o governador tenta viabilizar sua candidatura nacional, o cenário político em Belo Horizonte e no interior se movimenta com articulações para a sucessão estadual. O governo federal tem mantido diálogos com partidos de centro para fortalecer alianças estratégicas em Minas Gerais, o que pode influenciar diretamente na disputa pelo governo do estado e nas cadeiras do Senado no próximo ano.

Diante do atual cenário e da falta de tempo de propaganda em rádio e televisão, o projeto nacional do governo mineiro é visto com cautela por analistas. A missão de manter o grupo político no poder em Minas deverá ficar sob a responsabilidade do vice-governador, que assumirá o cargo em abril do próximo ano, focando na conclusão de hospitais regionais e obras de infraestrutura para tentar reverter a atual desvantagem eleitoral perante a população mineira.