O ex-governador Aécio Neves (PSDB) reacendeu os rumores sobre seu futuro político para 2026, enfrentando um dilema entre concorrer a uma cadeira no Senado Federal ou buscar o Governo de Minas Gerais. Dados recentes de pesquisas de intenção de voto, como as do Paraná Pesquisas, o colocam em posição competitiva e de liderança técnica para o Senado, com 27,6% das menções. Essa rota, de acordo com setores próximos em Brasília e Belo Horizonte, é vista como a estratégia mais racional e com maior probabilidade de sucesso para o político neste momento.

A preferência pelo caminho senatorial é justificada por diversos fatores estratégicos. Um deles é a gestão da rejeição do ex-governador, que, embora medida como alta pela AtlasIntel, representa um obstáculo menor em uma disputa para o Senado, onde há duas vagas em jogo, comparada a uma eleição majoritária direta para governador, na qual a rejeição poderia se transformar em um teto intransponível no segundo turno. Adicionalmente, um mandato em Brasília é considerado o palco ideal para que Aécio articule a retomada do projeto nacional do PSDB, servindo como um importante alavanca para reerguer a imagem e a força do partido no cenário nacional.

Por outro lado, a tentativa de reassumir o governo mineiro é classificada como um "projeto de legado", mas carrega riscos consideravelmente mais altos. O principal temor reside no enfrentamento direto contra a força do "Zema-ismo" e o avanço da direita emergente no estado. A campanha para o Senado, em contrapartida, exige um custo político menor, demandando um número reduzido de alianças estaduais complexas, o que facilita a montagem de uma estrutura de campanha mais enxuta e focada.

Veja esta e outras notícias no site portalminas.com.