A Justiça Eleitoral concedeu uma liminar que suspende a cassação do mandato e a inelegibilidade por oito anos do prefeito de Vieiras, Ricardo Celles Maia, e de seu vice, Antônio Augusto Gouvea Passos, conhecido como Gugu. A decisão, proferida nesta terça-feira, permite que ambos permaneçam nos seus respectivos cargos enquanto o recurso da decisão liminar tramita. A investigação apura se os gestores infringiram normas eleitorais durante o pleito de 2024.
O processo em questão aponta para possíveis infrações como a doação de uniformes para estudantes da rede municipal, a fixação de adesivos de campanha em veículos da prefeitura, doação de lotes e casas à população, a concessão de benefícios para a exploração de serviços de táxi e a contratação de servidores sem o devido processo legal no ano eleitoral. No entanto, o ministro relator do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Floriano de Azevedo Marques, indicou na decisão que não haveria "prova clara e convincente do incremento substancial de contratações no ano eleitoral", fundamentando a concessão da liminar.
Contudo, no dia seguinte à decisão favorável do TSE, o prefeito Ricardo Celles Maia foi alvo de uma fiscalização na BR-040, em Paracatu, no Noroeste de Minas Gerais. Durante a abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi encontrada uma mala contendo R$ 90 mil em dinheiro vivo dentro da caminhonete conduzida pelo prefeito. O político, que é veterinário e agricultor além de exercer o cargo de prefeito, alegou aos policiais que possui o costume de portar dinheiro em espécie, mas não apresentou documentos que comprovassem a origem legal do montante. A quantia foi apreendida para investigação, e ele foi liberado.
