Uma jovem de 28 anos faleceu na cidade de Santos após passar quase três meses internada lutando contra uma superbactéria alojada em seus pulmões. Antes de seu falecimento, ocorrido na última semana, Nayara Alves Meng utilizou suas redes sociais para compartilhar a difícil rotina de tratamento e fazer um alerta contundente sobre os riscos associados ao uso de cigarros eletrônicos, conhecidos popularmente como vapes. Em suas publicações, ela descreveu o sofrimento de ter a respiração comprometida e enfatizou que o dispositivo, muitas vezes visto como inofensivo ou moderno, pode causar danos irreparáveis à saúde.
A moradora de São Vicente relatou em suas postagens que estava aprendendo da forma mais dura como o hábito de fumar vape destruía o que o ser humano tem de mais precioso, que é o ar. Segundo os relatos compartilhados pouco antes de seu quadro se agravar irreversivelmente, ela mencionou que o corpo é machucado aos poucos e que a percepção do dano só ocorre quando se luta para realizar o ato natural de respirar. A mensagem deixada pela jovem buscava conscientizar outras pessoas para que não passassem pela mesma situação, definindo a saúde e a capacidade de respirar como um verdadeiro presente que precisa ser preservado.
A trajetória clínica da paciente teve início em abril, com sintomas de tosse intensa e febre, passando por atendimentos em unidades de saúde de São Vicente e Praia Grande, onde recebeu diagnósticos iniciais de pneumonia e suspeitas de tuberculose. De acordo com familiares, o tratamento prolongado com antibióticos diversos pode ter contribuído para o fortalecimento da bactéria, que evoluiu para uma superbactéria resistente. Embora os médicos não tenham atribuído a causa da infecção exclusivamente ao cigarro eletrônico, a família e a própria jovem acreditavam que o uso do dispositivo desde 2021 fragilizou os pulmões, dificultando a recuperação e a resistência do organismo contra a infecção grave que resultou em paradas cardíacas fatais.
