Um editorial publicado pela revista britânica The Economist nesta terça-feira recomendou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não dispute a reeleição em 2026. A publicação justifica a sugestão baseando-se na idade avançada do petista, que terá 80 anos na época do pleito, e traça um paralelo com a situação de Joe Biden nos Estados Unidos, afirmando que o carisma não protege líderes contra o declínio cognitivo.
O texto também aborda o cenário da oposição e a sucessão do bolsonarismo, classificando o senador Flávio Bolsonaro como um nome impopular e ineficaz para uma disputa presidencial. Em contrapartida, a revista aponta o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como uma alternativa de centro-direita mais ponderada e democrata, capaz de equilibrar reformas econômicas com a preservação ambiental.
Além das questões de saúde, o editorial cita a política econômica do governo e os escândalos de corrupção passados como fatores que desgastam a imagem de Lula. A revista conclui que o Brasil merece opções melhores e que a desistência do atual presidente permitiria a renovação necessária tanto na esquerda quanto no centro do espectro político brasileiro.
