Novas mensagens obtidas pela Polícia Federal revelam indícios da atuação de Antonio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, dentro do Ministério da Saúde. Os registros mostram que o lobista encaminhou uma mensagem afirmando que uma orientação já estava nas mãos de Swedenberger Barbosa, conhecido como Berger, que na época era secretário-executivo da pasta e hoje atua no gabinete pessoal do presidente.
A investigação aponta que o Careca do INSS buscava viabilizar um acordo para o fornecimento de medicamentos à base de canabidiol para o SUS, sem a realização de licitação, por meio de sua empresa. Para isso, ele teria contado com o apoio de uma empresária próxima a familiares do presidente, realizando pelo menos cinco visitas oficiais ao Ministério da Saúde ao longo dos últimos dois anos.
Em conversas interceptadas, o lobista demonstrava ter informações privilegiadas sobre mudanças no comando do ministério e afirmava que seus projetos haviam sido assumidos pela gestão. A Polícia Federal também identificou transferências bancárias suspeitas e orientações para que o investigado descartasse aparelhos celulares com o objetivo de destruir possíveis provas antes de sua prisão, ocorrida em setembro de 2025.
